9 de September de 2023

Tudo Depende de Como Você Vê As Coisas, de Norton Juster

By lujaleu
Visão geral

Sabe aquele livro que o título chama sua atenção e você começa a ler sem a menor pretensão? Foi assim com Tudo Depende de Como Você Vê as Coisas, fantasia moderna publicada nos anos 60 e traduzida para o português apenas em 1999. Apesar de ser considerado um livro infanto-juvenil, acredito que só os adultos conseguem extrair a riqueza que tem nele (nesse sentido, ele me lembrou O Pequeno Príncipe), pois, cheio de trocadilhos, “filosofadas” e metáforas, esse livro nos leva a refletir sobre valorizar e apreciar a beleza e a sutileza das coisas que estão ao nosso redor.

Livro Tudo Depende de Como Você Vê As Coisas, de Norton Juster

Livro “Tudo Depende de Como Você Vê As Coisas”, de Norton Juster.

Sinopse

Milo, personagem principal, é um garoto que considera sua vida um tédio, apesar de possuir um quarto repleto de brinquedos. Para ele, tudo é desinteressante e cansativo e, dessa forma, sua dificuldade de reconhecer a vida para além do que está dado não lhe permite desenvolver interesse por coisa alguma, até que, um dia, ele encontra em seu quarto uma encomenda: uma fantástica cabine de pedágio enviada por um remetente desconhecido. Ao seguir as instruções que a acompanham, Milo monta a cabine e através dela viaja ao “Reino da Sabedoria”, encontrando criaturas com as quais jamais poderia sonhar. Em sua trajetória por “Sabedoria”, Milo passa por diversos lugares inusitados, onde há personagens fantásticos que levam o garoto a descobrir uma série de maneiras diferentes de apreciar as coisas ao seu redor: palavras, sons, números e,  principalmente, o uso da razão e da imaginação.

Algumas frases do livro

Você nunca deve ficar aborrecido por ter cometido um erro”, explicou a Razão calmamente, “desde que trate de aprender com ele. Com freqüência as pessoas aprendem mais por terem cometido um erro com boas razões do que por estarem certas pelas razões erradas”. “Mas há tanta coisa para aprender”, disse ele, pensativo, franzindo a testa. “Sim, é verdade”, admitiu a Rima, “mas não é só aprender que é importante. O que importa é aprender o que fazer com o que você aprendeu e compreender por que deve aprender coisas” (p. 234).

“(…) Mas tudo o que aprendemos tem um propósito, e tudo o que fazemos afeta a tudo e todos, ainda que de forma imperceptível. Quando uma mosca bate as asas, uma brisa dá a volta ao mundo; quando um grão de pó cai no solo, todo o planeta fica um pouco mais pesado; e, quando você bate o pé, a Terra se afasta ligeiramente de sua trajetória. Quando você ri, a alegria se espraia como as ondinhas num lago; e quando fica triste, ninguém, em lugar nenhum pode estar feliz. Algo muito parecido ocorre com o conhecimento, pois, quando você aprende alguma coisa nova, o mundo inteiro se torna mais rico” (p.235). 

“Você sabe que as formas de silêncio são tão numerosas quanto as formas de som? Infelizmente, porém, nos dias de hoje ninguém presta atenção nelas. Você já ouviu o maravilhoso silêncio do pôr-do-sol? “ ela indagou. “Ou a calma que se segue a uma tempestade? Talvez conheça aquele silêncio quando não sabe responder a uma pergunta que lhe foi feita, ou a tranqüilidade de uma estradinha de campo à noite, ou a pausa de expectativa numa sala cheia de gente quando alguém está prestes a discursar, ou mais bonito ainda, o momento depois que a porta se fecha e você se encontra sozinho em casa. Cada um é diferente do outro, e todos são lindos se você atentar para eles” (p.152-153).  

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